Maria Avelina Fuhro Gastal
São tantos o teu nome, tantas versões de tua história, inúmeras interpretações das tuas palavras.
Alguns me condenam por duvidar.
Como ter certeza de tua existência?
Se fosse pelo mar, sol, pela lua, estrelas, ondas, maré, não duvidaria. Flores, rios, árvores, matas, floretas, picos, montanhas e planícies corroborariam. Tigres, leões, cervos, golfinhos, peixes, borboletas, pássaros, vagalumes jamais teriam me deixado em dúvida.
Mas há o homem. O mesmo que fala em ti, em teu nome, mata, espolia, persegue, queima, explora, segrega, julga, condena, pune, machuca, extermina, açoita, espanca, corrompe, mente, maltrata, ignora, invade, abusa, magoa, fere.
A natureza, em silêncio, te confirma.
O homem, que impõe tua existência, te nega nas ações.
Na minha dúvida, estou mais próxima de ti. Nela, renego atrocidades, enquanto eles agem renegando a ti.
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