Maria Avelina Fuhro Gastal
A realidade se impõe. Mancha nosso cotidiano. Inunda-nos com desigualdades e injustiças. Estrondosa, preenche os espaços que ocupamos com gritos de socorro, palavras de ordem, insultos e agressões de todo o tipo. Invasiva, rompe as janelas de nossas casas e dos nossos olhos. Exibe-se. Não conhece discrição. Arromba sonhos, planos. Para ela, somos nada. Esmaga-nos como formigas.
A felicidade se esgueira. Minimalista. Não sucumbimos à realidade porque temos frestas. Por elas transitam os aromas, as cores, o sol, a lua, as estrelas, os sons, as memórias, o tanto de esperança que precisamos para continuar. Age silenciosa. Sabe que o estrondo não traz paz, por isso, sussurra. Essa delicadeza nos acaricia. Ganhamos forças e rugimos para a realidade. Então sorrimos e percebemos que a vida sempre vale a pena.
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