Maria Avelina Fuhro Gastal
Se uma porção de líquido, pingos. Se uma quantidade pequena se destaca, gotas.
Pingos podem inundar. Gotas, refrescar.
Eles caem, elas deslizam.
Pingos trazem sons; gotas carregam silêncios
.
Meu corpo é encharcado por pingos. Só as gotas percorrem curvas e saliências.
Em excesso, pingos destroem, desabrigam, inundam, castigam.
Gotas sobrevivem à inundação, escorrem por paredes, vidraças e rostos em memória ao devastado.
Pingos são esvaziados de sentido. Gotas carregam emoções.
Nos “is”, os pingos cerceiam versões. Em gotas, abrem-se espaços para múltiplas verdades.
Torneiras pingam, incomodam, corroem, enferrujam.
Medicação goteja, salva, alivia, humaniza a partida.
Pingos na pele podem ser açoites. Gotas extravasam a dor.
Pingos são prenúncios de ameaças, dor, destruição. Deixam rastros, respingos, manchas.
Gotas são o escape da emoção. Vertem sós, sem alarde. São lágrimas.
Medicação goteja, salva, alivia, humaniza a partida.
Pingos na pele podem ser açoites. Gotas extravasam a dor.
Pingos são prenúncios de ameaças, dor, destruição. Deixam rastros, respingos, manchas.
Gotas são o escape da emoção. Vertem sós, sem alarde. São lágrimas.
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