Maria Avelina Fuhro Gastal
Hoje, é o Dia do Pais. Não é o dia dos doadores de esperma, dos ausentes, dos perversos, dos abusadores. Mesmo assim, as redes se enchem de publicações lembrando dos que falham, ignorando os que merecem ser homenageados.
Santificamos mães, demonizamos pais. Nem toda a mãe merece ser adorada, nem todo o pai, tripudiado.
Usar a data para falar dos que falham, dá espaço a quem não se fez pai.
Há pais, e muitos, que acolhem, nutrem, embalam, velam, acarinham, se envolvem, acompanham, abraçam, escutam os temores, as incertezas, as dores, estão presentes, comprometidos. Se erram, erram como nós, mães. Repensar a relação com os filhos faz de pais e mães sujeitos atentos às necessidades e diferenças de cada criança (ou adolescente e, até mesmo dos filhos adultos).
Por hoje, vamos valorizar e homenagear aqueles que se dedicam a se construir como um pai cada vez melhor. Nos outros 364 dias, vamos denunciar, responsabilizar todos os outros que não assumem a responsabilidade de seu gozo.
Hoje é Dia dos Pais. Eles merecem o nosso carinho e reconhecimento.
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