Maria Avelina Fuhro Gastal
Somos tantas de nós.
Somos as que desejaram, as que planejaram, as que se surpreenderam, as que se assustaram. E, também, as que sonharam, as que insistiram, as que persistiram, as que desistiram.
As que acalentam, as que acolhem, as que nutrem, as que se dedicam. Ainda somos as que ignoram, as que se afastam, as que se ausentam.
Somos as que têm teto, comida, recursos, rede de apoio. Não deixamos de ser quando vivemos de sobras e de caridade.
Fomos filhas de mães que nos amaram e daquelas que nos rejeitaram. Somos mães que tentam a cada dia descobrir a maternidade que queremos exercer. Ou somos as que exercem a maternidade que nos é possível.
Somos suficientes, insuficientes, amorosas, indiferentes. Somos paciência e cansaço. Somos ternura e raiva. Somos paciência e irritação.
Somos tantas em nós.
Somos uma para cada filho, somos uma para cada momento, somos uma para cada fase da vida. Somos constante procura da que mãe devemos ser e daquela que queremos ser.
As que aplaudem, as que vibram e as que punem.
Somos acertos, erros, arrependimentos, culpas.
Mães, somos.
Imperfeitas, incompletas, sempre.
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